Rescaldos de algumas decisões polémicas recentes do governo, uma leitura possível
A proposta da Nova Lei Orgânica do Banco de Cabo Verde, na forja desde o ano passado e cujo texto final está sobre a mesa do governo, “traz modificações significativas” no modelo de governance da instituição, propondo o aumento de cinco para onze administradores no banco central, que voltaria a ter também o cargo vice-governador (dois no caso), cargo extinto desde 2002. O Conselho Consultivo vai deixar de existir, assim como o Conselho Fiscal, que dará lugar a uma Comissão de Auditoria. A Nova Lei aposta na capitalização do BCV (1 milhão de contos) e abre ainda possibilidade...
O ministro das Finanças, Olavo Correia, justificou hoje os aumentos de 17% e 18% nas remunerações do governador e administradores do banco central, respetivamente, com a necessidade de corrigir desequilíbrios internos.
O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Lourenço Lopes, disse este sábado, 10, em Santa Cruz, que a Televisão de Cabo Verde (TCV) tem de apostar em novos conteúdos e de qualidade para poder competir no mercado audiovisual.
"Acreditava-se que um governo liderado pelo MPD não pudesse permitir que o que aconteceu, alguma vez, pudesse ter lugar, porque essa deriva manifestamente autoritária fere os princípios mais elementares da democracia, dos direitos e liberdades fundamentais e aos seus próprios princípios, repetidamente proclamados, como atrás ficaram evidenciados. Estranha-se que nem o governo, nem o partido que o sustenta tenham vindo a público, pelos menos até agora, condenar o ocorrido, porque essa de transferir culpas para a direção da televisão pública (passa culpa) é um truque muito...
Cabo Verde é um dos primeiros 37 países de seis regiões que vão receber financiamento do Banco Mundial, no âmbito do fundo pandémico para aumentar a capacidade de resistência a futuras pandemias, foi hoje anunciado.
Kátia Murgia, deputada do Partido Popular (PP) e vice-presidente da Assembleia Municipal da Boa Vista, foi expulsa do partido mesmo em ser militante e está agora a ser coagida pelo PP local para suspender o seu mandato. Motivo: ela votou a favor do Orçamento e Plano de Actividades da CM, pelo que está a ser acusada de traição e foi inclusive intimada a devolver 17 mil escudos de senha de presença. Sérgio Corrá, líder da bancada do PP na ilha das dunas, confirma a “expulsão” de Murgia por decisão do partido, mas a medida não teve conhecimento nem aprovação da direcção...